Fonte: Medcenter
Medical News
A Artrite Idiopática Juvenil é uma doença inflamatória do tecido
conjuntivo de causas desconhecidas mais comum na infância - de acordo com dados
de um estudo realizado no Hospital da Universidade de Zaragoza, Espanha.
O mesmo estudo estimou que a
prevalência da Artrite Idiopática Juvenil
é de aproximadamente 7 a 40/100.000 crianças, variando consideravelmente de um
estudo para outro dependendo da área geográfica. A nível mundial, fala-se numa
prevalência entre 16-50 casos por 100 mil crianças e 300 mil crianças com Artrite Idiopática Juvenil nos Estados
Unidos; em França, um estudo constatou que a prevalência é de 15,7/100.000
crianças.
O objectivo do tratamento
consiste em atingir a remissão completa da doença, embora, em muitos casos,
isto seja difícil de alcançar na sua totalidade. Nesses casos, os esforços
devem ser dirigidos para controlar a inflamação a nível articular e sistémica, reduzir
a dor; prevenir as deformidades e alcançar um crescimento e desenvolvimento
normal.
Um estudo publicado na Rheumatology
International mostrou que a suspensão do etanercept, numa proporção
considerável de pacientes com Artrite Idiopática Juvenil, resultou numa exacerbação da doença inicial. Em
muitos casos, foi necessário reintroduzir o etanercept. Os pacientes em que foi
reiniciado o etanercept responderam com sucesso.
Foram analisados
retrospectivamente os dados de 39 pacientes com Artrite Idiopática Juvenil de dois
centros clínicos com serviços de reumatologia pediátrica em Bydgoszcz e Lublin
(Polónia). Todos os pacientes suspenderam o etanercept por remissão no
tratamento. O etanercept foi iniciado com uma média de 33,7 ± 36 (variação de 3
a 137) meses de doença.
A duração média do tratamento
com etanercept foi de 34,7 ± 16,7 (variação de 6 a 72) meses, com uma duração
média de remissão com a medicação de 21,3 ± 9,6 (intervalo de 4 a 42) meses,
antes da interrupção do etanercept.
A duração média da remissão
após a descontinuação do medicamento foi de 14,2 ± 12,1 (variação de 1 a 60)
meses. Apenas 12 dos 39 pacientes (30,8%) não apresentaram um
agravamento da doença até o final do estudo.
As exacerbações foram
observadas no início, ou seja, em menos de seis meses após a interrupção do
etanercept, em 15 dos 39 pacientes (38,5%). Doze pacientes (30,8%) tiveram
que iniciar o etanercept após o agravamento e todos responderam de forma
satisfatória.
Referências:
* Postepski J et al, Clinical
remission in juvenile idiopathic arthritis after termination of etanercept,
Rheumatol Int. 2012 Jul 21.
* Ortiz de Solórzano M,
Artritis idiopática juvenil. Estudio transversal de la casuística observada en
el Hospital Universitario Miguel Servet de Zaragoza
* Consuegra Molina J, Artritis
idiopática juvenil: tratamiento actual y perspectivas terapeuticas, Rev Esp
Reumatol. 2003;30:338-47. - vol.30 núm. 06
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