sexta-feira, 15 de junho de 2012

Aprovada primeira terapia oral para esclerose múltipla


Foi aprovado em Portugal o primeiro medicamento oral para a esclerose múltipla, doença para a qual até ao momento havia apenas respostas terapêuticas injectáveis. A aprovação feita pelo Infarmed, autoridade que regula o sector, para utilização hospitalar, poderá facilitar a vida aos cerca de 5.000 portugueses afectados por este problema.

O fármaco inovador da Novartis tem como substância activa o Fingolimod, estando indicado para o tratamento em doentes com esclerose múltipla "surto-remissão" muito activa. "Para além da comodidade para o doente, no seu programa de estudos, esta terapêutica oral revelou superioridade significativa no controlo da doença quando comparada com tratamento standard", pode ler-se em comunicado enviado ao Boas Notícias.  

A presidente da Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla (SPEM) já reagiu à notícia, mostrando-se muito satisfeita. "Substituir uma injecção por um comprimido é um grande avanço", disse Manuela Neves à agência Lusa, que sublinhou a importância do acesso dos portugueses ao único medicamento oral administrado em todo o mundo para o tratamento desta doença inflamatória crónica do sistema nervoso central. 

De salientar que a semana passada o NICE (National Institute for Health and Clinical Excellence), do Reino Unido, recomendou a utilização desta terapêutica oral no seguimento de um pedido do Ministério da Saúde inglês para avaliação do seu uso no Sistema Nacional de Saúde daquele país.

Até ao momento, mais de 30.000 doentes em 55 países já foram tratados com esta terapêutica. Em todo o mundo, cerca de 2,5 milhões de pessoas sofrem com este problema, que se manifesta em jovens adultos, entre os 20 e os 40 anos de idade, e que interfere com a capacidade do doente de controlar funções como a visão, a locomoção, e o equilíbrio.

Fonte: http://www.boasnoticias.clix.pt

Meditação beneficia conexões nervosas do cérebro


A meditação é capaz de alterar a estrutura do cérebro, aumentando o número de conexões nervosas. A conclusão é de um estudo realizado por investigadores da Universidade de Oregon, nos EUA, e pode trazer novas esperanças no tratamento de diversas doenças do foro mental.
 
A equipa de especialistas analisou dois grupos de estudantes - um deles da Universidade de Oregon e outro da chinesa Dalian University of Technology - durante um mês, no primeiro caso, e 11 horas, no segundo. Em ambos os casos, houve alterações físicas nos cérebros dos voluntários.
 
De acordo com comunicado emitido pela instituição universitária norte-americana, os investigadores encontraram, ao fim de duas semanas de prática regular de meditação, uma maior densidade de fibras nervosas, ou seja, da chamada "massa branca", no cérebro dos participantes.
 
Passado um mês deste treino físico e mental, a equipa detectou também no cérebro dos estudantes uma maior camada de mielina, o tecido gordo que cobre as fibras nervosas, e concluiu que estes apresentavam melhorias em termos de humor, com a redução dos estados de "stress", raiva, tristeza, cansaço e ansiedade.
 
"O tipo de mudanças que encontrámos pode ser semelhante ao que acontece durante a fase de desenvolvimento do cérebro que ocorre no início da infância", afirmou Michael Posner, professor da Universidade de Oregon e coordenador da investigação.
 
"Esta descoberta pode ser uma nova forma de revelar de que forma essas mudanças influenciam o desenvolvimento emocional e cognitivo", acrescentou o investigador.
 
O estudo, publicado no jornal Proceedings of the National Academy of Sciences, está já a ter repercussões pelo mundo. Eva Cyhlarova, investigadora da Mental Health Foundation, disse, em declarações ao Mail Online, que "estes resultados são mais um exemplo da neuroplasticidade do cérebro durante a idade adulta".
 
"As conclusões mostram como algumas técnicas muito simples podem afectar a sua estrutura e a sua função", salientou Cyhlarova, realçando que se um método "tão simples e barato" como este tiver, de facto, resultados positivos, constituirá uma esperança para muitas pessoas com doença mental.
 
Com efeito, os investigadores defenderam também que este "padrão dinâmico de mudança da 'matéria branca' poderá fornecer meios de intervenção para amenizar ou prevenir distúrbios desse tipo".
 
Clique AQUI para aceder ao comunicado da Universidade de Oregon (em inglês).

Fonte: http://www.boasnoticias.clix.pt

Musicoterapia alivia pacientes com fibromialgia


Investigadores espanhóis da Universidade de Granada comprovaram que a musico-terapia aliada a uma série de técnicas de relaxe a partir de imagens melhora a qualidade de vida destes pacientes ao permitir diminuir de forma notável os sintomas associados à fibromialgia como a dor, a depressão, a ansiedade e a  qualidade do sono.

O estudo experimental, pioneiro na Europa, foi realizado com pacientes de fibromialgia as províncias de Granada, Almería e Córdoba. Foram analisadas diversas variantes como os principais sintomas do paciente, a intensidade da dor, a qualidade de vida, o impacto da doença na vida quotidiana, os transtornos no sono, a ansiedade, a depressão e a auto-eficácia do paciente bem como o bem-estar geral e conhecimento da sua condição.

Os investigadores apontam que este tratamento alternativo é uma solução de baixo custo, de fácil aplicação e numerosos benefícios que podem ser postos em prática pelo próprio paciente. Alertam também que serão necessários mais estudos empíricos que abordem outras variáveis fisiológicas.

O estudo será publicado em breve na revista especializada Pain Management Nursing. Mais informações no site da Universidade de Granada. 

Fonte: http://www.boasnoticias.clix.pt

Ortopedia: Investigador luso vence prémio europeu




Miguel Oliveira, Rui L. Reis, João Espregueira Mendes e Hélder Pereira



Hélder Pereira, investigador da Universidade do Minho, recebeu o prémio de Melhor Projecto de Investigação Científica, no 15º Congresso da European Society of Sports Traumatology Knee Surgery and Arthroscopy (ESSKA), em Genebra, Suíça. O cirurgião ortopédico foi também distinguido como um “Star Paper”, entre os milhares de trabalhos apresentados no congresso.

Este é o principal prémio de investigação atribuído pela maior sociedade europeia de Artroscopia e Traumatologia Desportiva e tem por objectivo reconhecer, encorajar e estimular contributos notáveis com grande potencial de impacto na Ortopedia. A distinção, uma das maiores atribuídas recentemente a um português,  coloca Portugal no patamar dos melhores centros de investigação da Europa, Ásia e América do Norte.

O projecto distinguido pela ESSKA consiste no desenvolvimento de novos tecidos para regeneração do menisco e combina a aplicação de biomateriais inteiramente com uma estratégia inovadora de terapia celular para aplicação clínica futura.

As lesões do menisco são a mais frequente causa de cirurgia em ortopedia e têm importante impacto socioeconómico.  A remoção da parte lesada (meniscectomia) tem sido o tratamento mais frequente, mas traz consequências a longo prazo, como o desgaste articular e artrose precoce.  

As novas tendências são a reparação e preservação do menisco, o transplante ou, mais recentemente, as abordagens de engenharia de tecidos e medicina regenerativa.

Hélder Pereira fez um trabalho inovador de caracterização do tecido meniscal humano. Com base no conhecimento produzido foi desenvolvida uma nova matriz tridimensional porosa, associada ao uso de células autólogas para reparar defeitos do menisco, respeitando as exigências do tecido nativo.

Esta estratégia foi validada “in vitro” nos laboratórios do Grupo 3B’s, nas Caldas das Taipas, Guimarães, e vai agora ser testada em animais para poder chegar a aplicação clínica.

Fonte: http://www.boasnoticias.clix.pt/

Leucemia: Portugueses lideram nova descoberta


Investigadores portugueses do Instituto de Medicina Molecular (IMM) lideraram um estudo que fez novas descobertas na área da leucemia linfoblástica aguda infantil, um cancro do sangue que atinge sobretudo crianças entre os dois e os quatro anos. Os cientistas encontraram um conjunto de mutações genéticas que pode ajudar no tratamento da doença.

Em comunicado, o IMM explicou que este é um estudo de "investigação básica com potencial aplicação clínica, realizada em laboratório a partir de amostras de doentes”.

O estudo, coordenado e desenvolvido em Portugal na Unidade de Biologia do Cancro do IMM, teve a colaboração de equipas sediadas em vários países e foi publicado na “Nature Genetics”.

A leucemia linfoblástica aguda de células T é um cancro do sangue especialmente frequente em crianças, que se caracteriza por um aumento descontrolado do número de linfócitos T (glóbulos brancos, células específicas do sistema imunitário).

Neste artigo, os investigadores identificaram um conjunto de mutações até agora desconhecido (que aparecem em cerca de 9% dos doentes com leucemia estudados) que são uma causa inédita para o crescimento tumoral nos casos de leucemia linfoblástica aguda de células T.

Aplicação terapêutica

Segundo o comunicado do IMM, os cientistas “foram mais longe e identificaram também um conjunto de fármacos que pode ser eficaz na eliminação do efeito dessas mutações levando à morte das células que as possuem, conferindo uma potencial aplicação terapêutica futura a esta descoberta”.

Os investigadores verificaram que este tipo de fármacos, já testados noutras doenças como artrite reumatóide, consegue impedir o crescimento das células mutadas e levar à sua eliminação.

A identificação e compreensão do efeito de cada mutação encontrada em doentes com leucemia é particularmente importante, porque ajuda a desenvolver terapias capazes direccionadas especificamente a cada “subtipo” de tumor (dependendo das mutações a ele associadas).

“Embora, felizmente, a leucemia linfoblástica aguda infantil seja dos cancros com maior sucesso terapêutico, estas observações dão-nos a esperança de poder vir aumentar ainda mais a eficácia e selectividade dos tratamentos actualmente existentes”, disse, em comunicado, João T. Barata, coordenador do estudo.


Clique AQUI para aceder à introdução do estudo.

Fonte: http://www.boasnoticias.clix.pt

Moda para pessoas com necessidades especiais

A pensar nas pessoas que têm necessidades especiais ou corpos menos convencionais, têm surgido nos últimos tempos algumas marcas que pretendem oferecer acessórios e vestuário adequado. A Downs Designs e a Xeni Collection foram criadas por pessoas que lidaram de perto com a dificuldade de encontrar peças adaptadas às suas limitações.
 
Em 1990, Ann Oliver trabalhava como arquitecta em Londres, quando lhe disseram que tinha esclerose múltipla. Cedo a doença obrigou-a ao uso de uma cadeira de rodas e perdeu uma grande parte da sensibilidade que tinha nas mãos.

Em Março de 2010, depois de uma depressão provocada pela sua condição física, a inglesa sentiu que tinha tido uma “revelação”: ia “usar as percepções” que a doença lhe ofereceu de uma forma “criativa”, explica na página oficial da marca.

Foi assim que surgiu a Xeni Collection. As roupas são especialmente desenhadas para pessoas com esclerose múltipla, lúpus ou artrite, entre outras limitações físicas.

Peças bonitas e sofisticadas

Apesar de já haver roupa especializada para estes doentes, Ann Oliver quer acrescentar ao mercado algo que é pouco explorado: peças que são funcionais mas, ao mesmo tempo, sofisticadas e bonitas.  

Alguns dos cuidados que a Xeni Collection tem em conta são, por exemplo, a substituição dos fechos por ímanes no vestuário e um corte especializado para pessoas que passam o seu dia sentadas numa cadeira de rodas. Para o futuro há ainda o projecto de criar uma colecção de jóias pensada para pessoas que tenham dificuldade em manusear grampos.

Os preços do vestuário variam entre 250 e 550 libras (300 e 660 euros), preço que a criadora admite não ser muito acessível, mas cuja redução está dependente “do sucesso da empresa”.

Tamanhos especiais para pessoas com síndrome de Down
 
A verdade é que este é um mercado que se tem expandido e alargado nos últimos anos. Também em 2010, a norte-americana Karen Bowersox’s sentiu a necessidade de criar roupa com medidas adequadas ao corpo de uma pessoa com síndrome de Down. A inspiração partiu do acompanhamento do crescimento da sua própria neta, portadora da doença.

Depois de um largo período de pesquisa, e em conjunto com uma designer de moda, Karen criou um novo tamanho, com oito modelos, adaptado à medida de pessoas com síndrome de Down e que começou a aplicar em peças de roupa básicas. Quando tinham os modelos prontos, ambas percorreram o mundo com o intuito de divulgar o projecto, experimentando o vestuário em várias pessoas.

“Ficámos maravilhadas com as transformações”, admitiu Karen em comunicado, acrescentando que “alguns dos pais [das crianças com síndrome de Down] queriam levar as nossas amostras para casa e estavam prontos para as encomendar ali mesmo”.

A empresa expandiu-se entretanto, e emprega várias pessoas com síndrome de Down. Está ainda a trabalhar de perto com a Sociedade Nacional do Síndrome de Down norte-americana.

“O nosso objectivo é de que as pessoas com síndrome de Down tenham roupas com estilo e que se adeqúem aos seus corpos únicos”, explicou Karen.

Pode aceder à página oficial da Xeni Collection AQUI e à da Downs Designs AQUI.

Fonte: http://www.boasnoticias.clix.pt

"Banhos quentes" renascem na Nazaré


Está a iniciar-se, na Nazaré, a construção de um inovador Centro de Talassoterapia. Com inauguração prevista para Junho de 2012, Barra Talasso pretende recuperar a tradição dos antigos “Banhos Quentes” que, durante décadas, atraíram milhares de turistas à praia da Nazaré, em busca de alívio para o reumatismo através de tratamentos com água do mar aquecida.

O Barra Talasso, um investimento do Grupo Miramar, distingue-se por ser um equipamento exclusivamente dedicado à talassoterapia, com uma forte componente terapêutica, baseada na utilização da água do mar como elemento de alto valor medicinal, aliada à vertente de bem-estar e combate ao stress.

Num investimento de 2,2 milhões de euros, comparticipado em 1,5 milhões pelo QREN, o centro de talassoterapia vai ocupar uma área de 967 m2 e será composto por uma zona colectiva de piscinas, por uma zona de cabines para administração de técnicas termais - de forma individual, usando a água do mar - e por uma pequena área desportiva. O edifício inclui ainda áreas técnicas, vestiários e gabinete médico.

O projecto inspira-se na cultura marítima nazarena, destacando-se os elementos arquitectónicos da fachada que remetem para as linhas das proas dos barcos de pesca artesanal e para as ondas do mar.

O projecto foi igualmente concebido de modo a minimizar a pegada ambiental, com um forte investimento em equipamentos que garantam uma melhor eficiência tecnológica e energética. O sistema de captação e de circulação da água do mar (sem qualquer tratamento químico), a iluminação em tecnologia led, o aquecimento através de painéis solares instalados e a recuperação do calor produzido internamente, são exemplos desta preocupação.

Capacidade para 400 pessoas

O centro de talassoterapia terá uma capacidade média diária de aproximadamente 400 pessoas. Os tratamentos a aplicar estão indicados para patologias nas áreas da reumatologia, sistema respiratório, dermatologia e doença venosa (varizes), bem como combate ao stress.

O centro Barra Talasso irá desenvolver parcerias com os hotéis da região Oeste e com a associação de alojamento local da Nazaré, para a criação de pacotes de tratamento de talassoterapia destinados aos seus clientes.

Será também disponibilizado o “Cartão Barra Talasso”, um sistema de mensalidade que permitirá a utilização do circuito de piscina activa e de estufas a preços especiais.

Fonte: http://www.boasnoticias.clix.pt/

UCoimbra identifica novo composto contra reumatismo


Uma equipa de investigadores portugueses identificou um composto natural (o alfa-pineno) com elevado potencial para o tratamento da osteoartrose, doença vulgarmente conhecida como reumatismo ou artrose, e que é a principal causa de incapacidades motora e laboral, a partir dos 50 anos.

Iniciada em 2007, a investigação partiu da identificação de um conjunto de óleos essenciais de plantas da flora ibérica - mais concretamente de plantas endémicas de algumas regiões de Portugal (Quiaios, Serra da Estrela, entre outras) - com moléculas activas sobre a doença articular crónica mais comum.
Até obter esta “família” de moléculas activas com características promissoras para a terapêutica farmacológica da osteoartrose, os investigadores do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) e da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra (UC) percorreram um longo caminho.

Partiram de um rastreio biológico guiado e desenvolveram estudos em duas vertentes distintas: obtenção dos óleos essenciais e a sua caracterização química (liderada pelo investigador Carlos Cavaleiro) e a respectiva avaliação farmacológica (sob a coordenação da investigadora Alexandrina Ferreira Mendes).
O objectivo final da investigação, que tem a colaboração do Serviço de Ortopedia dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC), explica Alexandrina Mendes, "é desenvolver um fármaco capaz de, em simultâneo, travar a progressão da doença e promover a regeneração do tecido da cartilagem".

A cartilagem, que funciona como amortecedor e lubrificante para garantir uma boa articulação e movimento dos ossos, é constituída por uma grande quantidade de proteínas que lhe dão resistência e elasticidade. As células da cartilagem (condrócitos) produzem essas moléculas de modo a substituir as que se vão degradando. No entanto, com o envelhecimento e, sobretudo, com esta doença, predomina a degradação em detrimento da produção.

"Conhecendo os mecanismos-chave é possível identificar moléculas que evitem a destruição e restabeleçam o normal funcionamento daquelas células, ou seja, o equilíbrio da produção – degradação", sublinha a investigadora em comunicado.
O composto puro identificado pela equipa "demonstrou uma forte selectividade para a cartilagem, isto é, não actuou em outras células do organismo, o que é um bom indicador de que não provoca efeitos colaterais".

No entanto, observa a docente da Faculdade de Farmácia e investigadora do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC), "apesar destes bons resultados ainda são necessários novos estudos de validação, nomeadamente ensaios pré-clínicos (em modelos animais) e clínicos".
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a osteoartrose, patologia fortemente ligada ao envelhecimento, é uma das 17 doenças prioritárias na área da prevenção e tratamento porque, com a população mundial cada vez mais envelhecida, é previsível agravamento da incidência da doença com um forte impacto social e económico.

"A evolução da doença é um processo longo com custos directos (consultas, medicamentos, cirurgia) e indirectos (produtividade reduzida e absentismo laboral) muito elevados, tanto para o doente como para o Serviço Nacional de Saúde", conclui Alexandrina Mendes.

Fonte: http://www.boasnoticias.clix.pt/