quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Portal das Doenças Reumáticas

Portal das Doenças Reumáticas permite marcar consultas online
Doentes, médicos e colaboradores do Instituto Português de Reumatologia (IPR) dispõem agora de um site com maior abrangência e muito mais funcionalidades.

Os doentes, através da “Área de Doentes”, podem marcar consultas online, saber qual o Centro de Reumatologia mais próximo da área de residência, pesquisar datas e médicos disponíveis e consultar exames, para além de terem acesso a conselhos práticos sobre Vida & Saúde oferecidos por especialistas do IPR.

Podem, ainda, participar em fóruns ou indexar os seus blogues e sites pessoais no Portal, com a finalidade de partilhar experiências.

Os profissionais de saúde têm a possibilidade de aceder a áreas de conteúdos exclusivos: através da ferramenta state of the art de pesquisa médica no campo da Reumatologia, os médicos podem aceder a informação relevante de cariz científico, o que lhes facilitará a permanente actualização de conhecimentos.

A ligação ao mundo exterior através do Portal das Doenças Reumatológicas é complementada pela newsletter digital periódica e pelo acesso a notícias relacionadas com o mundo da Reumatologia.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Analgésicos

Está tudo na nossa cabeça?...
Cientistas a estudar a eficácia do paracetamol contra um placebo em pessoas com joelhos artríticos descobriram um rácio de sucesso de 52% em ambos os grupos. Num outro estudo, os cremes NSAID’s (anti-inflamatórios não-esteróides) não mostraram melhores resultados que o placebo. Em contraste, 40 pacientes com artrite reumatóide sentiram alívio significativo nas dores através de um tipo de meditação chamada “mente desperta”. Ao mesmo tempo que reduziam os seus níveis de stress, também as dores provocadas pela doença eram reduzidas (Ann Rheum Dis, 2004;63:923-30; BMJ, 2004;329:324-6; MSNBC News, 13/09/2004).

Artigo de Emídio Carvalho

Dores de costas

O que o seu fisioterapeuta não sabe (ainda)
Está agora provado que qualquer que seja o benefício da fisioterapia, este ocorrerá no primeiro tratamento.
Investigadores da Universidade de Warwick verificaram o progresso de 286 pacientes que sofriam de lombalgia há pelo menos 6 semanas antes de iniciar fisioterapia. Aqueles que visitavam o fisioterapeuta regularmente não tinham melhores resultados que aqueles que simplesmente seguiam o conselho para ter uma vida mais activa (BMJ, 2004; 329:708-11).

Artigo de Emídio Carvalho

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Novo tratamento sem comercialização.... para a psoríase...

Este medicamento foi criado pela Merck, mas como não se enquadra com os outros medicamentos, não o comercializam... Um funcionário experimentou e diz que funciona. Foi um jornalista numa televisão alemã que o divulgou num programa sobre a indústria farmacêutica....

0,07 g Vitamina B12
46 g óleo de abacate
45,42 g água
8 g Tegocare PS
0,26 g Kaliumsorbat
0,25 g sumo de limão

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Método Sedona

Este método consiste em libertar-nos de emoções negativas. odos nós somos feitos de matéria física - o nosso corpo, mas os nossos pensamentos influenciam como levamos a vida. E a vida pode ser bem melhor do que é. Segundo este método, podemos libertar-nos desses sentimentos negativos e libertar-nos da dor...

Eu vou experimentar!

"O que está na base de qualquer técnica de libertação emocional é o facto de nós não sermos as nossas emoções. E é também essa a base do método Sedona.

Este método permite-nos eliminar as emoções que nos incomodam, sejam elas positivas ou negativas. As emoções apenas nos afastam do nosso equilíbrio interior, levando-nos para pólos negativos ou positivos.

As emoções apenas passam por nós, no entanto, o ser humano ainda se agarra demasiado ao que sente, parecendo-lhe que éaquilo que sente. Este método ajuda-nos a criar uma distância entre aqueleque observa as emoções e as emoções, permitindo-nos tomar a decisão de deixar irqualquer desconforto emocional, desde a emoção mais fraquinho a emoções fortes e duradouras.

Vou deixar aqui uma das formas de se usar este método.

Pensa numa situação que te incomode, e deixa que aquilo que sentes sobre essa situação esteja presente em ti. Basta que aceites, por uns momentos, o que isso te faz sentir. Não é preciso catalogar, analisar, explicar, etc, basta sentir e observar.

Ao sentires, estás a aceitar automaticamente o que sentes. Estás a permitir a essa emoção ter o seu espaço, a sua manifestãção. Nesse momento, fazes estas perguntas a ti mesmo:

1. Eu podia libertar-me disto?
E respondes “Sim” ou “Não”. Ambas as respostas são válidas. Mas não fiques preso a nenhuma, responde e segue para a pergunta seguinte.

2. Fa-lo-ia? Se pudesse?
E respondes “Sim” ou “Não”. Ambas as respostas são válidas.

3. Quando?
E permite-te responder “Agora”. Nem que as respostas anteriores tenham sido “Não”, uma vez que também é agoraque não consegues libertar.

Quando acabares de fazer as perguntas, respira fundo e observa como te sentes. Repete este processo até te sentires completamente bem.

Pode demorar 1 minuto, meia hora, 1 hora. Podes limpar todas as emoções de uma situação de uma só vez, ou podes precisar retornar à mesma situação algumas vezes.

Mas lembra-te: foram anos a acumular emoções, a reprimir e a expressar emoções, sem saber como as libertar! Estás agora a aprender, sê gentil e carinhoso contigo!

Isto resulta! Dá-te o teu tempo e permite-te abrir à possibilidade que é possível libertar emoções facilmente!"

in Mentallux

Vídeo de Ângela Vieira

Outros sites para pesquisa deste assunto:
Brasil PNL
Além do Segredo

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Descoberto processo imunitário que pode ajudar no tratamento de várias doenças

em Sentido das Letras / Copyright 2008 - 8/11/2009 11:22 AM

Descoberto processo imunitário que pode ajudar no tratamento de várias doenças
Cientistas argentinos descobriram o mecanismo que interrompe o sistema imunitário humano, o que poderá ser a base para o desenvolvimento de tratamentos contra o cancro, diabetes e esclerose múltipla.

O grupo de investigadores, liderado por Gabriel Rabinovich, encontrou "as engrenagens moleculares" que fazem com que o sistema imunitário seja desactivado e permita, por exemplo, a expansão de células cancerígenas, afirmou um comunicado do Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas (Conicet) argentino, citado pela agência Efe.

A descoberta é fundamental para o desenvolvimento de terapêuticas contra tumores ou doenças como a esclerose múltipla, a artrite ou a diabetes, entre outras, que surgem quando o sistema imunitário age sem necessidade e ataca os próprios tecidos, explicaram os pesquisadores.

"Este circuito capaz de silenciar o sistema de defesa é conhecido como 'tolerância imunitária’. Esta indução de tolerância tem uma importância-chave para evitar o desenvolvimento de doenças auto-imunes e de promover a aceitação de transplantes", afirmou o Conicet.

O trabalho, publicado pela revista científica britânica "Nature Inmunology", começou em 2003 através de testes realizados com células humanas e ratos.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Vídeo exemplificativo



Esta animação médica em 3D da Nucleus Medical Art mostra a anatomia de uma cervical típica (pescoço), coluna e disco intervertebral. Detalhes incluem a orientação da coluna cervical, os movimentos das vértebras, e o movimento dos discos intervertebrais - a secção transversal do disco intervertebral e a espinal medula destacar o núcleo polposo, o anel fibroso, a espinal medula, a dura-máter, a raiz espinal e nervos espinhais.

http://www.nucleusinc.com

Vídeo exemplificativo

Vídeo Exemplificativo - Reconhecimento



Esta animação em 3D demonstra um agente patogénico a aproximar-se da superfície de um macrófago. Os receptores na superfície dos macrófagos reconhecem a superfície das moléculas do agente patogénico, permitindo aos macrófagos vincular-se e reconhecer o patogénico como uma substância invasora.

http://www.nucleusinc.com

Vídeo exemplificativo



Esta animação em 3D mostra como anticorpos previnem agentes patogénicos prejudiciais de se anexar a células saudáveis na corrente sanguínea. A animação começa por mostrar células normais vermelhas e brancas do sangue a fluir através da corrente sanguínea. Em seguida, aparece um único patogénico movendo-se lentamente em direcção ao seu destino na superfície de uma célula. As extensões tubulares sobre o patogénico são proteínas da superfície que conectam a uma superfície correspondente nas proteínas de células brancas do sangue, ou leucócitos. No seguimento da animação, mais patogénicos continuam a atacar as células brancas do sangue, tornando-as ineficazes.

Durante a resposta do sistema imunitário, anticorpos em forma de Y começam a atacar o patogénico, vinculando na sua superfície proteínas enquanto o patogénico tenta ancorar a célula. Os anticorpos impedem completamente o patogénico de ligarem às células do sangue, "marcando" o patogénico de forma a que umas das células do sistema imune, os macrófagos, aparecem em cena para engolir e digerir o patogénico.
http://www.nucleusinc.com

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Treino Autógeno

Uma técnica eficaz de relaxamento

Cansaço
Stress
Dores aparentemente sem motivo (os exames médicos nada encontram): cabeça, nuca, costas, etc.
Burn-out
Excesso de trabalho
Confusão, irritabilidade, nervosismo, falta de concentração, agitação, etc.
Estes sintomas podem ser facilmente tratados aprendendo-se uma técnica de relaxamento.



TREINO AUTÓGENO
Uma técnica eficaz de relaxamento
Werner Zimmermann

Métodos de relaxamento e de auto-sugestão são conhecidos desde a antiguidade. No Yoga, na meditação Zen do Japão, no budismo, etc. Entretanto, estão ligadas à cultura e Weltanschauung orientais. J.H.Schultz desenvolveu, com o Treino Autógeno (TA), a técnica que pode ser adoptada independentemente do ambiente sócio-cultural.

O relaxamento é uma técnica física que auxilia a dissolução de estados de stress, de tensão muscular, mas que também pode ser usada como um meio preventivo e revigorante actuando beneficamente sobre a sua saúde física, mental e emocional. Podemos dizer que relaxamento é o que se opõe ao stress, o que reforça a homeostase, o que diminui a angústia, o que proporciona a harmonia. O TA é uma técnica muito conhecida na Espanha, EUA, França, Suíça, Áustria, Alemanha, e outros países. Inclusive houve o 3º Congresso Mundial da Sociedade de Stress Celular, na Hungria, em agosto 2007.
O TA foi desenvolvido pelo psiquiatra e psicanalista alemão Johannes Heinrich Schultz (1884-1970) a partir do relaxamento auto-hipnótico psicoprofilático do neurologista Oskar Vogt (1870-1959). Schultz percebeu a diferença entre o estado induzido pela técnica de Vogt e a hipnose propriamente dita:

1 – o estado de consciência induzido por aquela técnica caracteriza-se pelo aumento da amplitude mental, enquanto que a hipnose produz um estreitamento da consciência, e
2 – a prática do método autógeno leva a uma crescente sensação de autonomia e independência em relação ao terapeuta, contrastando com a dependência no caso da hipnose. Schultz tratava pacientes hipertensos pela hipnose com sucesso temporário. Ao cabo de algum tempo, os seus pacientes retornavam hipertensos, demonstrando a dependência em relação ao médico. Ele aperfeiçoou o método de Vogt, chamando-o de TA: autógeno porque o estado especial de consciência no TA é induzido pelo próprio sujeito por meio do treino pessoal da técnica de concentração específica. A eficácia terapêutica depende da indução regular, repetida e sistemática deste estado, daí o uso do termo treino.

A concentração sobre sensações corpóreas, como peso e calor nas extremidades, uma vez aprendida, induz automática e espontaneamente a um estado de relaxamento profundo, sem esforço nem intenção. Schultz concluiu que, para relaxar, também é necessário recorrer a um mecanismo indirecto. Daí o uso da sensação de peso para começar. O treino repetido aumenta a capacidade da pessoa de induzir sozinha este estado peculiar, conseguindo níveis cada vez mais profundos de relaxamento, com benefícios terapêuticos. É este aprofundamento do TA que, com o treino, induz a uma reflexão em que a pessoa capta sinais do seu inconsciente, encontrando soluções, aumentando a criatividade e produtividade. Ao alcançar uma tranquilidade, é possível realizar as suas actividades com maior concentração, conseguir priorizar os seus projetos, dando uma sequência na actividade sem dispersão nem perda de tempo. W.Luthe descreveu fenómenos paroxísticos motores, sensoriais, viscerais ou psíquicos no TA, favorecendo a eliminação de tensões psíquicas acumuladas, e demonstrou a sua relação com a história traumática da pessoa.

Com estes efeitos positivos, o TA é tido, por si só, como uma psicoterapia básica. Isto é, uma terapia sem o auxílio de terceiros, desde que se receba um treino para aprender a lidar com estas percepções e dar um significado a elas.

Assim, pode ser utilizado como terapia breve quando orientado por um psicólogo, psicoterapeuta ou um médico. O corpo funciona muitas vezes como um arquivo de traumas que cada um carrega por muito tempo. Com uma técnica de relaxamento, conscientizando-se de traumas e/ou conflitos, estes podem ser elaborados. Por exemplo: um adolescente que veio ao curso devido ao medo dos testes. Paradoxalmente, o seu braço direito começava a doer durante os exercícios e, após a quarta semana, o jovem lembra-se da culpa por ter “deixado” a sua irmã pequena cair e fracturar o braço. Após conversar com a mãe sobre este sentimento e ser tranquilizado e desculpabilizado por esta, a dor passou. Uma vez reconhecida sua origem e combatida a sua causa por meio do enfrentamento e da resolução de conflitos, as dores (lombares, na nuca, de cabeça, etc.) podem ser dissolvidas pelo TA. As dores crónicas diminuem, mas não são eliminadas. A TA pode ser um eficiente auxílio em doenças como fibromialgia, DORT/LER, gastrite nervosa, hipertensão, ansiedade, síndrome do pânico; pode diminuir muito o uso de medicamentos. Nas doenças cardíacas, após infarto, nas isquemias, aumentando o fluxo sanguíneo. Soldados alemães prisioneiros na Sibéria conseguiram evitar o congelamento dos pés recorrendo ao TA, que aumenta a circulação e, por conseguinte, eleva a temperatura dos membros inferiores.

Outros exemplos:

Um paciente perdeu os óculos; depois do exercício, sem pensar, meteu a mão na bolsa certa;
Uma professora com tendinite no braço direito voltou ao trabalho mais cedo do que o esperado e sem recidivas depois de se dar conta de um trauma de infância em que machucara o braço;
É possível diminuir as dores no tratamento dentário e até evitar anestesia nos tratamentos leves;
Mulheres com grande desejo de engravidar podem bloquear, pela tensão do desejo, uma fertilização. O relaxamento pode ajudá-las a conceber.
Schultz, ele mesmo sofredor de asma, iniciou seus trabalhos e pesquisas com o TA em 1909, em 1926 fez a sua primeira apresentação em Congresso Médico e em 1932 lançou o seu livro, hoje já na 9ª edição e traduzido para mais de 10 línguas, inclusive para o português. Num encontro com Freud, este, muito cioso da psicanálise, perguntou-lhe: ”O senhor não vai me dizer que acredita seriamente que pode curar as pessoas com isto”. Ao que Schultz respondeu: “De modo algum! Mas acredito que, da mesma maneira como o jardineiro afasta as ervas daninhas do jardim, também podemos afastar os obstáculos ao auto-desenvolvimento das pessoas.” “Neste caso, estamos de acordo”, respondeu Freud.

Indicações:
- falta de concentração, dificuldades de memória;
- aumento da auto-confianca, da auto-estima;
- stress laboral;
- stress pos-traumático;
- melhora de desempenho no desporto de competição;
- dificuldade em priorizar objectivos;
- diminuição do stress, obtenção de mais eficácia e optimização do tempo no dia a dia;
- redução de todos os tipos de tensão ou stress (combate e prevenção);
- hipertensão emocional, nervosa:
- dores musculares e de tensão;
- dores crónicas;
- certas enxaquecas e outras manifestações psicossomáticas;
- insónia;
- tendinites;
- identificação e superação de comportamentos que atrapalham a vida e impedem que as pessoas atinjam os seus objectivos;
- auxílio no tabagismo e obesidade. No relaxamento a pessoa encontra-se num estado susceptível à auto-sugestão, podendo influenciar-se a si mesma para diminuir compulsões. Ajuda a superar a insegurança;
- auto-conhecimento.


Contra-indicacões:
- essencialmente, problemas psiquiátricos graves.

Método
A técnica consta basicamente de seis exercícios que, uma vez aprendidos, podem ser aplicados pela própria pessoa sozinha. Pode ser utilizada parcialmente, aplicando, por exemplo, somente os dois primeiros exercícios, que são os principais. Ela é considerada como uma técnica psicoterápica básica, pois auxilia a pessoa a olhar-se por dentro, conhecer-se, perceber seus conflitos, encontrar soluções, sentir o seu organismo e constatar problemas orgânicos.
Para fazer relaxamento, o ideal é estar num ambiente confortável – física e termicamente -, à meia luz e silencioso. A melhor posição é deitado numa cama, sofá, ou mesmo no tapete, se possível com os olhos fechados.
O relaxamento tem poderes inacreditáveis: a pessoa pode parecer estar tranquila, sem fazer nada, mas a sua mente está disparada, sempre a pensar em muitas coisas ao mesmo tempo. A prática do relaxamento pode ajudá-la a recuperar as suas forças, o seu coração, a sua mente, e a revigorar todo o seu corpo, e a sua inteligência; estas mudanças notam-se em poucos dias. O stress estará sob controle sem remédios, sem nada externo. É um método simples e fácil para todos. O inconsciente mostra o caminho sem a pessoa se preocupar, sem fanatismo algum, simplesmente aproveitando a vida, na medida do possível.

Fonte: Técnicas de relaxamento

Meditação

Quando você não está a fazer absolutamente nada, física ou mentalmente, quando toda a actividade cessa e você está presente, apenas existindo, chamamos a isso meditação. Não é algo que possa ser feito, nem é possível exercitar-se para isso: basta entender.
Sempre que encontrar um tempo para apenas ser, largue tudo o que estiver fazendo. Pensar, concentrar-se ou contemplar também são fazer algo. Se, por um único momento, você não fizer nada e estiver voltado para dentro de si mesmo, completamente relaxado, isso é meditação. Depois de aprendê-lo, será possível permanecer nesse estado pelo tempo desejado ou até ficar assim durante 24 horas por dia.

Na segunda etapa da meditação, após perceber como o seu ser pode permanecer imperturbável, lentamente você pode começar a fazer algumas coisas, cuidando para que o seu ser não fique agitado. Primeiro, aprenda a só ser, depois aprenda a fazer pequenas coisas, como varrer o chão ou tomar banho, mas mantendo-se centrado. Então estará pronto para fazer coisas mais complexas.
Ainda que eu esteja falando consigo, a minha meditação não foi perturbada. Posso continuar a falar sem gerar a mínima agitação interior: o meu centro está calmo e silencioso.
A meditação não é contrária à acção, não requer que você fuja da vida. Ela apenas lhe ensina uma nova maneira de viver, na qual você se torna o centro do ciclone.
A vida continua, porém com mais intensidade, mais alegria, mais visão, mais criatividade, enquanto você permanece indiferente - um observador distante, vendo tudo o que acontece ao seu redor.
Você não é aquele que faz, e sim o observador.
O segredo da meditação é tornar-se o observador.
As acções seguem o seu curso: é possível fazer pequenas ou grandes coisas, contando que você não perca a concentração.
Essa consciência e essa capacidade de observação devem permanecer tranquilas, imperturbáveis.



Fonte: Reiki Cura Natural e Evolução

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Linhas imunológicas de defesa

O sistema imunológico protege o organismo de infecções mediante uma estratégia de capas ou barreiras de defesa sucessivas, cada uma mais específica que a anterior.

O primeiro nível é formado por barreiras físicas que evitam que os agentes patogénicos como as bactérias e os vírus penetrem no organismo. Se um agente patogénico trespassa estas primeiras barreiras, o sistema imunológico inato provê uma resposta imediata, mas não específica. Os sistemas imunológicos inatos encontram-se em todas as plantas e animais. Contudo, se os agentes patogénicos invadem a resposta inata, os vertebrados possuem uma terceira capa de protecção, que é o sistema imunológico adaptativo. Aqui o sistema imunológico adapta a sua resposta durante a infecção para melhorar o reconhecimento do agente patogénico.

A informação sobre esta resposta melhorada conserva-se ainda depois do agente patogénico ser eliminado, sob a forma de memória imunológica, e permite que o sistema imune adaptativo desencadeie ataques mais rápidos e mais fortes se no futuro o sistema imune detectar este tipo de patogénico.

Tanto a imunidade inata como a adaptativa dependem da habilidade do sistema imunológico para distinguir entre as moléculas próprias e as que não o são. Em imunologia, as moléculas próprias são aqueles componentes dum organismo que o sistema imunológico distingue das substâncias estranhas. [ Ao contrário, as moléculas que não são parte do organismo, são reconhecidas como moléculas estranhas. Um tipo de moléculas estranhas são os chamados antigénicos (que significa "anti" corpo "ge" radores), são substâncias que se agarram a receptores imunes específicos e desencadeiam uma resposta imune.

Sistema Imunitário

O sistema imunológico está formado por um conjunto de mecanismos que protegem o organismo de infecções pela identificação e eliminação de agentes patogénicos. Devido a que os patogénicos abarcam desde vírus até vermes e parasitas intestinais, esta tarefa é extremamente complexa e as ameaças devem ser detectadas com absoluta especificidade distinguindo os patogénicos das células e tecidos normais do organismo. A isto, há que somar a capacidade evolutiva dos patogénicos que lhes permite criar formas de evitar a detecção pelo sistema imunológico e infectar o organismo hóspede.

Para protegerem-se, os organismos vivos desenvolveram vários mecanismos para reconhecer e neutralizar patogénicos. Incluso, organismos unicelulares simples como as bactérias, possuem um sistema de enzimas que as protegem contra infecções virais. Outros mecanismos imunológicos básicos evoluíram nas antigas células eucariotas e permanecem hoje nos seus descendentes modernos: plantas, peixes, répteis e insectos. Estes mecanismos incluem péptidos antimicrobianos chamados defensinas, receptores de reconhecimento de padrão e o sistema de complemento. Contudo, os mecanismos mais sofisticados desenvolveram-se mais recentemente de forma conjunta com a evolução dos vertebrados. O sistema imunológico dos vertebrados - como o dos seres humanos - compreende vários tipos de proteínas, células, órgãos e tecidos, que interactuam numa rede elaborada e dinâmica. Esta resposta imune mais complexa que se manifesta no sistema imunológico dos vertebrados, inclui a capacidade de adaptar-se para assim reconhecer patogénicos concretos de forma mais eficiente. O processo de adaptação cria memórias imunológicas e permite brindar uma protecção mais efectiva durante futuros encontros com estes patogénicos. Este processo de imunidade adquirida é a base da vacinação.

As desordens no sistema imunológico podem causar doenças. As enfermidades relacionadas com a imunodeficiência ocorrem quando o sistema imunológico é menos activo que o normal, dando lugar a infecções que podem por em perigo a vida. A imunodeficiência pode ser o resultado de uma doença genética, como a "imunodeficiência severa combinada", ou ser produzida por fármacos ou uma infecção, como o síndrome da imunodeficiência adquirida (sida), causado pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH). Em contraposição, as enfermidades auto-imunes são produzidas por um sistema imunológico hiperactivo que ataca tecidos normais como se fossem organismos estranhos. As enfermidades auto-imunes incluem artrite reumatóide, diabetes mellitus tipo 1 e Lúpus eritematoso. O sistema imunológico é objecto de intensos estudos científicos devido ao papel crítico que desempenha na saúde humana.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Características do sistema imunológico

Sistema imune inato

Sistema imune adaptativo

A resposta não é específica

Resposta específica contra patogénicos e antigénicos

A exposição conduz à resposta máxima imediata

Tempo de demora entre a exposição e a resposta máxima

Imunidade mediada por células e componentes humorais

Imunidade mediada por células e componentes humorais

Sem memória imunológica

A exposição conduz à memória imunológica

Presente em quase todas as formas de vida

Presente só em vertebrados mandibulados

Sistema Imunológico

O sistema imunológico está formado por um conjunto de mecanismos que protegem o organismo de infecções pela identificação e eliminação de agentes patogénicos. Devido a que os patogénicos abarcam desde vírus até vermes e parasitas intestinais, esta tarefa é extremamente complexa e as ameaças devem ser detectadas com absoluta especificidade distinguindo os patogénicos das células e tecidos normais do organismo. A isto, há que somar a capacidade evolutiva dos patogénicos que lhes permite criar formas de evitar a detecção pelo sistema imunológico e infectar o organismo hóspede.

Para protegerem-se, os organismos vivos desenvolveram vários mecanismos para reconhecer e neutralizar patogénicos. Incluso, organismos unicelulares simples como as bactérias, possuem um sistema de enzimas que as protegem contra infecções virais. Outros mecanismos imunológicos básicos evoluíram nas antigas células eucariotas e permanecem hoje nos seus descendentes modernos: plantas, peixes, répteis e insectos. Estes mecanismos incluem péptidos antimicrobianos chamados defensinas, receptores de reconhecimento de padrão e o sistema de complemento. Contudo, os mecanismos mais sofisticados desenvolveram-se mais recentemente de forma conjunta com a evolução dos vertebrados. O sistema imunológico dos vertebrados - como o dos seres humanos - compreende vários tipos de proteínas, células, órgãos e tecidos, que interactuam numa rede elaborada e dinâmica. Esta resposta imune mais complexa que se manifesta no sistema imunológico dos vertebrados, inclui a capacidade de adaptar-se para assim reconhecer patogénicos concretos de forma mais eficiente. O processo de adaptação cria memórias imunológicas e permite brindar uma protecção mais efectiva durante futuros encontros com estes patogénios. Este processo de imunidade adquirida é a base da vacinação.

As desordens no sistema imunológico podem causar doenças. As enfermidades relacionadas com a imunodeficiência ocorrem quando o sistema imunológico é menos activo que o normal, dando lugar a infecções que podem por em perigo a vida. A imunodeficiência pode ser o resultado de uma doença genética, como a "imunodeficiência severa combinada", ou ser produzida por fármacos ou uma infecção, como o síndrome da imunodeficiência adquirida (sida), causado pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH). Em contraposição, as enfermidades auto-imunes são produzidas por um sistema imunológico hiperactivo que ataca tecidos normais como se fossem organismos estranhos. As enfermidades auto-imunes incluem artrite reumatóide, diabetes mellitus tipo 1 e Lúpus eritematoso. O sistema imunológico é objecto de intensos estudos científicos devido ao papel crítico que desempenha na saúde humana.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Imunidade humoral

É uma subdivisão da imunidade adquirida onde a resposta imunológica é realizada por moléculas existentes no sangue, denominadas de anticorpos, produzidos pelos linfócitos B, diferente da imunidade mediada por células, que são realizadas pelos linfócitos T.

É importante no combate a organismos extracelulares e pode ainda haver participação de fagócitos, com eliminação de grânulos contendo substâncias com actividade microbicida.

Existem dois tipos de Imunidade humoral:

  • Activa: o próprio organismo produz os anticorpos (do tipo vacina - induzida em resposta a uma infecção). Gera memória imunológica e pode ser activada a qualquer momento, aquando de uma infecção.
  • Natural: o antigeneo penetra naturalmente.

A imunidade humoral possui 5 classes.

  • A IgM que tem a resposta imune primária, alto peso molecular, restrita ao espaço intra-vascular e faz a defesa no sangue.
  • A IgD que tem função desconhecida.
  • A IgG que possui 4 subclasses, IgG1, IgG2, IgG3, IgG4, estão presentes no sangue, linfa, líquido periotonial, LCR.

A IgG é a única IgG que atravessa a placenta, opsonização, activa sistema do complemento, neutraliza toxinas e vírus.

  • A IgA que é encontrada nas secreções externas - muco, suor, lágrima, saliva, líquido gástrico, colostro.

Tem como função impedir patogénicos de penetrar nas superfícies espiteliais, defesa TGI e trato respiratório.

Farmacologia e vacinas

As vacinas consistem na administração de antigénicos pertencentes a um patogénico (vírus ou bactéria), de forma a estimular o sistema imunitário, nomeadamente os linfócitos ao criar nestes receptores específicos para esses patogénicos e estimulando a criação de uma reserva de linfócitos chamados células de memória específicas, que em caso de invasão futura possam produzir rapidamente níveis altos de anticorpos e desta forma combater com rapidez e eficácia essa patologia.

Os glucocorticóides são imunosupressores potentes sendo usados em doentes transplantados para evitar a rejeição do(s) orgão(s).

Alergias, doenças auto-imunes, leucemias, transplantes e imunodeficiência

As alergias são reacções imunitárias a um antígeno estranho despropositadas. No individuo alérgico, o sistema imunitário não consegue distinguir alguns antigénicos não-self inócuos, como grãos de pólen, de antigénicos pertencentes a invasores perigosos. Logo gera-se uma reacção imunitária a estímulos que não põem a integridade do indivíduo em risco.

As doenças auto-imunes são devidas à perda da capacidade dos linfócitos em distinguir os antigénicos self dos não-self. O sistema ataca as próprias células do corpo, julgando-as invasoras. É possivel que muitas destas doenças, aconteçam devido à má função das células que destroem os linfócitos com receptores reactivos ao self.

Por razões ainda não conhecidas, as mulheres sofrem mais do que os homens com a maioria das doenças auto-imunes (como lupus, artrite reumatóide e esclerose múltipla), que são aparentemente mais provaveis em pessoas com determinados genes MHC, que apresentam os péptidos self de forma mais críptica aos linfócitos. Há poucas doenças auto-imunes que atingem mais homens que mulheres, como a espondilite anquilosante.

As leucemias (na medula óssea e sangue) e linfomas (nos gânglios linfáticos) são neoplasias (ou seja cancro) das células do sistema imunitário. Elas decorrem muitas vezes com efeitos auto-imunes e de imunodeficiência, sendo altamente invasivas, já que circulam livremente pelos sangue e linfa.

A rejeição de transplantes deve-se ao facto de as proteínas MHC da pessoa que doa o órgão serem diferentes (há grande variabilidade dos genes MHC, uma caracteristica que protege a humanidade das infecções: há sempre alguém que sobrevive por ter um MHC que apresente os péptidos invasivos suficientemente cedo). Os linfócitos interpretam um péptido self apresentado por uma MHC de conformação diferente da habitual como sendo não-self, e matam as células do orgão transplantado. Este problema é reduzido com a escolha de pessoas com MHC semelhantes para doações de orgãos (frequentemente irmãos, pais e filhos), e pode ser algo controlada com imunossupressores como os glucocorticóides.

A imunodeficiência é causada por uma falta de linfócitos, ou por um défice destes, pode também ser causada por uma deficiência de fagócitos. Contudo como os agentes do sistema imunitário interagem entre si quando existe a falta de um desses agentes todo o sistema imunitário fica ameaçado. A imunodeficiência pode ser congénita ou adquirida. Na Imunodeficiência congénita o sujeito sofre de uma desordem séria do sistema imunitário, em que os individuos não possuem nem linfócitos B nem Linfócitos T, como o nome indica esta doença normalmente é de nascença, e os individuos têm de ser submetidos a um ambiente isolado e completamente esterelizado. Esta deficiência é devida a um funcionamento anormal da medula óssea. O tratamento da doença pode passar por um transplante eficaz de medula óssea. Na imunodeficiência adquirida o sujeito adquire a deficiência do sistema imunitário mais tarde, o caso mais pragmático desta doença é o HIV, em que com uma diminuição das Linfócitos T dá-se um enfraquecimento progressivo do organismo, que fica sujeito doenças oportunistas, doenças que em indivíduos com um sistema imunitário completo não têm qualquer efeito ou que são pouco eficazes, mas que num caso em que o indivíduo se encontra com um sistema imunitário debilitado mostram-se muito eficazes e até mesmo mortais.

Órgãos Linfoides

A medula óssea é o local onde se situam as células histomáticas, que dão origem a todas as células do sistema imune e ainda das plaquetas e eritrócitos. É ainda o local de maturação de todas estas células, com excepção dos linfócitos T.

O timo é o local de maturação dos linfócitos T.

Os gânglios linfáticos são órgãos pequenos com forma de feijão, situados em todo o corpo. Eles contêm linfócitos B e linfócitos T4 e T8, e são os locais de recolha de antigénicos (filtração) da linfa. Aí se organizam e controlam as defesas e formam folículos linfóides onde os linfócitos B com receptores específicos para os antigénicos se maturam em plasmócitos produtores de anticorpos. Aí também se maturam os linfócitos T8 específicos do antígeno em linfócitos citotóxicos. As células apresentadoras de antigénicos como a célula de Langerhans e os fagócitos afluem aos gânglios para apresentar antigénicos recolhidos (ou fagocitados) da periferia aos linfócitos.

O baço possui quatro funções fisiológicas:

Primeira: Armazenamento de Hemácias.

Segunda: Destruição das hemácias velhas, alteradas, ou parasitadas.

Terceira: Filtrar o sangue e reter microrganismo e outros corpos estranhos a serem fagocitados.

Quarta: Colocar linfócitos B e linfócito T em contacto com os antigénicos.

O fígado é primariamente um órgão metabólico, mas também alberga muitos fagócitos e é ele que produz as proteínas imunitárias como o sistema complemento. Controla as invasões intestinais, já que filtra todo o sangue proveniente do intestino, pela veia porta.

O intestino e os brônquios são importantes órgãos imunitários. Contêm uma camada com folículos linfóides (o MALT -mucosa associated lymphoid tissue ou BALT), plenos de linfócitos, que reagem aos antigénicos e outras reacções contra eles. Controlam também a flora normal de bactérias intestinais.

As amígdalas são um aglomerado de tecido linfoide em redor da entrada da faringe, controlando os invasores que entram pela boca.

Linfócitos T8 e citotoxicidade

Os Linfócitos T CD8+ são os linfócitos citotóxicos ou também chamado de Killers. Eles têm cada um, um tipo de receptor especifica nas suas membranas, gerado aleatoriamente numa fase de recombinação genética do seu desenvolvimento, denominado de TCR (T-cell receptor, semelhante aos anticorpos da célula B, mas de localização membranar). Esses receptores ligam-se a outros que todas as células humanas possuem (complexo MHC I), e que apresentam péptidos (fragmentos de proteínas) que elas estejam a produzir à superfície da célula. No caso que os complexos MHC I (Complexo de Histocompatibilidade) - péptido sejam reconhecidos por uma célula T CD8+, esta última desencadeará a morte da célula que apresenta o péptido através de enzimas citoliticas chamadas de porinas que induzem a apoptose da célula alvo por desequilíbrio osmótico.

Todos os linfócitos T CD8+ que têm receptores que reagem a substâncias do próprio corpo, morrem durante o seu "estágio" no timo. Quando o linfócito T CD8+ reconhece um antigénico não-self com o seu receptor numa molécula MHC classe I de uma célula do organismo, ele liberta substâncias (perforina) que criam um poro na membrana, lisando (rompendo osmoticamente) a célula, ou então libertam mediadores (granzima) que induzem a célula a iniciar a apoptose (morte celular programada). Há milhões de linfócitos CD8+ em circulação no organismo, cada um com receptores aleatórios para todos os péptidos possíveis não-self. Normalmente o linfócito T CD8+ naive só mata as células se for estimulado por citocinas dos linfócitos T CD4+ (reguladores: ver mais à frente). Se um linfócito T CD8+ com determinado receptor for estimulado dessa forma, ele divide-se em mais células citotóxicas e um pequeno grupo de células aquiescentes e de longa esperança de vida, as células memória, manter-se-ão em circulação (entre o sangue e os gânglios linfáticos). Estas células de memória podem ser activadas mais tarde de uma forma mais eficiente, mais rápida e independentemente da presença de citocinas produzidas pelos linfócitos CD4+, após reconhecimento do péptido para o qual são específicas, apresentado por uma molécula de MHC classe I.

Fagócitos

Apesar dos fagócitos serem um mecanismo inato, já que respondem a qualquer corpo estranho, eles também são efectores de primeira linha das decisões dos linfócitos.

Os fagócitos, especialmente os macrófagos, respondem a citocinas geradas pelos linfócitos (IL-1). Os monócitos são os precursores dos macrófagos e eles transformam-se em macrófagos se estimulados por citocinas dos T4. Além disso são atraídos por outras citocinas e factores libertados de células em locais de infecção activa.

Se estimulados apropriadamente pelas citocinas libertas de forma localizada e controlada pelos linfócitos T4, os macrófagos libertam suficientes quantidades de enzimas e radicais livres para destruir totalmente uma região localizada, matando ambos invasores e células humanas.

Além disso, sob controlo dos linfócitos, os macrófagos são responsáveis por algumas reacções imunológicas especificas como o granuloma e o abcesso. O granuloma ocorre na invasão por micobactérias e fungos, sendo o exemplo mais célebre a tuberculose. É uma reacção ordenada por citocinas dos T4, quando há infecção intracelular dos próprios fagócitos. De forma a impedir a disseminação pelo sangue do invasor dentro dessas células móveis, os linfócitos T4 secretam citocinas que chamam mais macrófagos, e os tornam mais resistentes à infecção ("alerta de bactéria endocelular"). Além disso as citocinas provocam a adaptação pelos macrófagos de morfologia epitelial em volta do núcleo da invasão, com numerosas camadas de células imobilizadas ligadas por conexões impermeáveis, de forma a sequestrar o invasor. A micobactéria da tuberculose não se pode disseminar e permanece localizada. Hoje mil milhões de pessoas saudáveis têm micobactérias controladas dessa forma nos seus pulmões (visível nas radiografias). Só naqueles poucos que têm um episódio de grande debilidade imunitária é que o organismo escapa e se inicia a tuberculose propriamente dita. O abcesso é semelhante mas em redor de um cisto/quisto de pús. É importante para sequestrar bactérias piogénicas cuja toxicidade mata os fagócitos (formando o pús) e não permite a limpeza eficaz.

Linfócito T4 e supervisão da resposta

Os Linfócitos T4, ou Helper, são os controladores de toda a resposta imunitária. São eles que "decidem" que reacções desenvolver numa invasão, activando ou inibindo todas as outras células imunitárias através de citocinas (espécie de hormonas ou mediadores moleculares). Daí que na doença que ataca os próprios T4, a SIDA/AIDS, todo o sistema imunitário colapse.

Os linfócitos T4 conseguem decidir se há invasão ou não porque cada um deles contém um receptor gerado aleatoriamente o TCR (T-cell receptor, semelhante aos anticorpos da célula B, mas membranar). Todos os fagócitos e ainda algumas outras células como as células dendriticas ou de Langerhans, depois de digerir as proteínas do invasor, apresentam péptidos (pedaços) delas numa proteína membranar, o MHC II (major histocompatibility complex). Os TCR dos T4 ligam-se a essas MHC2 com péptido e se a ligação for eficaz, libertam citocinas. Nenhum linfócito T4 tem receptores para proteínas do próprio corpo, porque esses foram destruídos na sua fase de desenvolvimento no Timo. Se os níveis dessas citocinas forem suficientemente altos, e se outros factores menos bem conhecidos existirem no sangue, o T4 "decide" que há uma invasão e de que tipo é, dando origem a uma resposta imunitária especifica. Ele então produz outras citocinas estimulando todas as outras células para o tipo de resposta apropriado. Tal como todos os outros linfócitos, os T4 estimulados multiplicam-se e alguns servem de células-memória para mais rápida resposta ao mesmo invasor no futuro.

Há basicamente dois tipos de células T4 Helper, correspondendo a dois tipos de resposta. Não se sabe exactamente o que desencadeia um tipo ou o outro. A resposta TH1 caracteriza-se por produção de citocinas como IL-2, IFN-gama e TNF-beta. Há activação dos macrófagos e da fagocitose, e dos mecanismos citotóxicos (linfócitos T), levando á extensa destruição das zonas infectadas. É eficaz na eliminação dos patogénicos intracelulares (vírus e bactérias intracelulares). Na resposta TH2 há secreção de IL-4 e IL-5. Caracteriza-se pelo estímulo da produção de anticorpos pelos linfócitos B. É eficaz contra organismos que circulem no sangue, como bactérias extracelulares e parasitas.

Que resposta, TH1 ou TH2, é produzida, tem importância para a progressão da infecção. Por exemplo na Lepra, uma infecção pela bactéria intracelular Mycobacterium leprae, a resposta TH1 é extremamente eficaz e os danos são mínimos (lepra tuberculoide); mas se for activada uma resposta TH2, ineficaz contra organismos intracelulares, surge a lepra comum, com danos profundos e desprendimento de pele (lepra lepromatosa).

Há ainda um terceiro tipo de linfócito T regulador, os linfócitos supressores, que limitam e suprimem a reacção imunitária, um mecanismo muito importante considerando a destruição extrema que o sistema imunitário pode produzir.

Outras células

Linfócitos Natural-Killer: os NK são linfócitos granulares que, tal como os T8 são citotóxicos, destroem células humanas tumorais ou infectadas por vírus. Aderem-se à célula-alvo infectada e induzem a sua morte. São importantes na destruição das células humanas com antígenos não-self (por infecção viral ou neoplasia) e que são atacadas por anticorpos específicos. Os NK possuem dois ligantes para a célula alvo, um activador (B7) e um inibidor expresso pelo MHC. Caso o NK se ligue ao activador e não encontre um MCH expressando um antígeno próprio, ele lisará a célula alvo através de porinas, caso ele encontre o activador e o inibidor, desligar-se-á da célula alvo sem lhe causar danos.

Citocinas

As citocinas são hormonas do sistema imunitário que permitem às células comunicar entre si e com outras de outros órgãos. São um sistema incrivelmente complexo e inteligente ainda pouco conhecido. Algumas citocinas mais importantes:

IL-1: libertas aquando infecções, produzem nos centros cerebrais regulatórios febre, tremores, calafrios e mal-estar; promovem a inflamação, estimulam os linfócitos T. A sua acção é responsável por estes sintomas comuns na maioria das doenças. No cérebro há libertação de prostaglandina E2, que estimula o centro da temperatura, aumentando a sua configuração. A aspirina inibe a formação da prostaglandina (bloqueia a enzima que a produz) e é por isso que diminui a febre e mal-estar nas afecções virais.

IL-2: Estimula a multiplicação dos linfócitos T e B. Antes chamada de Factor de proliferação de Linfócitos

IL-3: Estimula o crescimento e a secreção de histamina.

IL-4: Estimula a multiplicação dos linfócitos B; produção de anticorpos, resposta do tipo TH2.

IL-5: Estimula a multiplicação e a diferenciação de linfócitos B; produção de IgA e IgE, alergias.

IL-6: Estimula a secreção de anticorpos.

IL-7: Induz a diferenciação em células B e T progenitoras.

IL-8: Quimiocina; induz a adesão ao endotélio vascular e o extravasamento aos tecidos.

IFN-alfa: Interferon. Activa as células em estado de "alerta viral". Produção diminuída de proteínas, aumento de enzimas antivirais (como as que digerem a dupla hélice de RNA típica dos vírus) e aumentam também a apresentação de péptidos internos nos MHC I aos linfócitos. Estimula os linfócitos NK e T8.

IFN-gama: Activa os macrófagos, tornando-os mais eficientes e agressivos; promove a inflamação, e estimula a resposta TH1, inibindo a TH2.

TNF-alfa: Induz a secreção da citocina e é responsável pela perda extensiva de peso associada com inflamação crónica.

TNF-beta: Activa os fagócitos. Estimula a resposta citotoxica (TH1).