terça-feira, 30 de junho de 2009

O ciclo da Psoríase

A nossa pele está em continuada renovação, substituindo continuamente células mortas por vivas. Nessa renovação (crescimento) normal da pele, as células são criadas numa camada mais profunda (basal), movendo-se então para cima, através da epiderme, até ao chamado estrato córneo, que é a última camada da pele.
As células que vão morrendo são, por sua vez, eliminadas através desse estrato córneo, mantendo o equilíbrio. Este processo normal de renovação leva aproximadamente 28 dias, do nascimento das células até à sua morte.
Quando a pele é ferida, entra em acção uma outra actividade, diferente da renovação normal. Trata-se da cicatrização. Nesse caso as células são produzidas numa velocidade maior. Na cicatrização há ainda um aumento da irrigação sanguínea na área afectada e um processo de inflamação no local.
Patologicamente e de alguma forma, a pele com Psoríase é muito parecida com a pele em cicatrização, com a pele portadora de alguma infecção ou mesmo com a pele da reacção alérgica.
As lesões da Psoríase caracterizam-se por um crescimento celular anómalo e, embora não haja nenhuma ferida a ser cicatrizada, as células da pele chamadas queratócitos comportam-se como se houvesse alguma lesão a ser reparada. Estes queratócitos alteram a multiplicação celular normal para um modelo como se fosse de regeneração. Assim sendo, muitas células da pele são desnecessariamente criadas e empurradas para a superfície num prazo curto de 2 a 4 dias. Esse excesso de células acumula-se e começam a descamar formando as lesões típicas da Psoríase.
Resumindo, as escamas em placas que cobrem as lesões da Psoríase são compostas de células mortas, e a vermelhidão das lesões é causado pelo aumento da irrigação sanguínea nesse local para favorecer, indevidamente, o crescimento rápido de novas células.

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